Após quase dois anos de intensos combates e uma grave crise humanitária, a guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza chegou ao fim. No último domingo (12), foram libertados os últimos reféns israelenses mantidos em cativeiro, encerrando um dos capítulos mais violentos e trágicos do Oriente Médio nas últimas décadas. O cessar-fogo foi alcançado com mediação de países como Egito, Catar e Estados Unidos, sob a coordenação direta do presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou oficialmente o “fim da guerra em Gaza”.

A libertação dos reféns faz parte de um acordo mais amplo que inclui também a soltura de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos detidos por Israel — entre eles, 250 condenados a penas longas. Em contrapartida, Israel iniciou a retirada gradual de suas tropas da Faixa de Gaza e se comprometeu a suspender as operações militares na região.

O acordo prevê o fim das hostilidades, a reabertura de corredores humanitários e o início de um plano internacional de reconstrução. Uma força multinacional, com representantes de países árabes e ocidentais, deverá atuar na supervisão da trégua e na reorganização administrativa de Gaza, que ficou devastada após meses de bombardeios e combates.

A cúpula internacional realizada no Egito, neste fim de semana, contou com representantes de mais de 30 países e estabeleceu os primeiros passos para a reconstrução da região e para a criação de um governo de transição palestino, com apoio das Nações Unidas.

Apesar da trégua e da retirada das tropas, especialistas alertam que os desafios continuam. A devolução dos restos mortais de reféns mortos, a desmilitarização do Hamas e a reconstrução das infraestruturas civis — como hospitais, escolas e redes de energia — exigirão tempo, recursos e cooperação internacional.

O conflito, iniciado em outubro de 2023, deixou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis palestinos, e marcou profundamente a política e a diplomacia global. Agora, com a trégua estabelecida e o reconhecimento formal do fim da guerra, o mundo acompanha com cautela os próximos passos na busca por uma paz duradoura entre israelenses e palestinos.

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