Dragagem na Baía da Babitonga é destaque em encontro nacional de autoridades portuárias

O Porto de São Francisco do Sul está participando do Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias (Enaph), em Brasília. O evento reúne autoridades portuárias de todo país, além de representantes de diversos terminais privados e empresas que atuam no setor.

O presidente Cleverton Vieira participou, nesta quarta-feira, 29, do painel "Modelos para aperfeiçoar o serviço de dragagem nos portos brasileiros".
Ele apresentou a iniciativa de sucesso que está em execução na Baía da Babitonga, no Norte de Santa Catarina: a dragagem de aprofundamento e alargamento do canal de acesso ao complexo portuário.
Pela primeira vez no Brasil, um porto público e um porto privado (Itapoá) se uniram para realizar uma obra de dragagem dessa magnitude. Além disso, parte dos sedimentos retirados do fundo marinho está sendo destinada ao engordamento da Praia de Itapoá.
Com investimento total de R$ 333 milhões, a intervenção permitirá a atracação e operação de embarcações de até 366 metros de comprimento, tornando o Complexo Portuário da Babitonga o primeiro do país com capacidade para receber navios desse porte com carga máxima.
Financiamento
A obra está sendo viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP): o Porto de São Francisco aportará R$ 33 milhões, enquanto o Porto Itapoá investirá R$ 300 milhões. Esse valor será reembolsado de forma parcelada até dezembro de 2037, por meio do adicional de tarifas portuárias geradas pelo aumento no número de navios e no volume de cargas movimentadas, resultado direto do aprofundamento do canal.
“Esta parceria exitosa entre o público e o privado é um exemplo que pode ser replicado em outros complexos portuários do país, acelerando investimentos e promovendo avanços significativos na infraestrutura portuária e aquaviária nacional”, destacou o presidente Cleverton Vieira.
Engordamento da praia
Ao todo, serão dragados cerca de 12,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Desse volume, 6,5 milhões de toneladas de areia serão utilizadas para o alargamento da orla de Itapoá, que vem sofrendo com processos de erosão marítima nos últimos anos.
Trata-se da maior obra de engordamento de praia já realizada no Brasil, tanto em volume quanto em extensão - serão 8 quilômetros de faixa litorânea beneficiados, podendo atingir até 200 metros de largura.
É também a primeira vez no país que os sedimentos de uma dragagem portuária são reaproveitados para fins de recuperação costeira, estabelecendo um novo modelo de sustentabilidade e integração entre os setores portuário e ambiental, com potencial para ser adotado em outros portos brasileiros.

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