Violência Política não se cala ‘Hoje, eu quebro, o silencia porque não é favor’ diz Vereadora Maryan Ledoux de São Francisco do Sul

A vereadora Maryan Ledoux, do Partido Liberal (PL) da região da Vila da Glória, de São Francisco do Sul, tornou públicas, neste domingo (16), denúncias de assédio político de gênero dentro da própria bancada na Câmara de Vereadores de São Francisco do Sul.

Segundo ela, as intimidações ocorrem desde há muito tempo dentro e fora da Câmara, mas se agravaram após sua posição favorável ao Projeto de Lei 68/2025, de autoria do Executivo, que reduz as emendas impositivas de 2,5 milhões para 600 mil reais anuais pelos próximos quatro anos.

A votação, realizada na sessão de quinta-feira (13), provocou a reação hostil do colega de partido, que se opôs à redução das emendas. De acordo com Maryan, no dia, vereador virou sua cadeira em 180 graus e a encarou de forma intimidatória quando ela justificava seu voto em plenário. A atitude, segundo juristas, caracteriza assédio político e tentativa de silenciamento durante o exercício do mandato, já que o parlamentar utilizaria sua postura para pressioná-la e constrangê-la diante do público.

A tensão migrou para fora da Câmara. A vereadora relata que, nos grupos internos de WhatsApp do PL, passou a ser atacada e descredibilizada por correligionários, sendo chamada de vendida e alvo de ofensas de caráter pessoal. As agressões atingiram até familiares: o filho da vereadora, portador da síndrome de Cornélia de Lange, foi citado de forma ofensiva para desqualificar sua posição no processo legislativo. Para Maryan, o episódio ultrapassa o limite da divergência política e revela uma escalada de violência motivada pelo descontentamento com a redução de verbas que o vereador pretendia usar em seus projetos futuros.

Maryan afirma que, desde o início da atual gestão, enfrenta episódios de intimidação e hostilidade que configuram violência política de gênero. Segundo ela, a postura reiterada busca impedir que exerça seu mandato com autonomia. Exausta em “ficar calada”, a vereadora decidiu denunciar publicamente o caso e pedir providências.

A parlamentar cobra ações imediatas das lideranças do PL e da Câmara Municipal, reforçando que existe legislação federal que protege mulheres em espaços de poder e que a segurança institucional é essencial para o exercício pleno do mandato. Ela afirma que seguirá tomando todas as medidas necessárias para garantir seus direitos e manter sua atuação como representante eleita.

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