Pesca ilegal com redes de emalhe ameaça vida marinha na Praia do Ervino
A cena foi de tristeza e indignação na manhã desta segunda-feira (4) na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul. Moradores se depararam com diversos pinguins mortos espalhados pela areia, vítimas da pesca ilegal com redes de emalhe, também conhecidas como redes de espera ou “feiticeiras”. A prática, proibida por lei, causa um impacto devastador sobre a fauna marinha e precisa ser denunciada.O Jornal Ervinense já havia publicado denúncias nesta segunda-feira (4) e, agora, o Correio SC se junta à voz da comunidade para exigir providências. É urgente ampliar a fiscalização.
Segundo relatos locais, essas redes são esticadas da beira da praia e permanecem por horas — às vezes por mais de um dia inteiro — impedindo qualquer espécie de atravessar. “Não são apenas os peixes que morrem nessas armadilhas. Pinguins, tartarugas e até botos ficam presos e acabam morrendo afogados ou desnutridos”, apontam moradores.
Na Praia do Ervino, não há comunidade pesqueira tradicional, como ocorre em outras regiões de Santa Catarina onde ainda se mantém a pesca de cerco de forma sustentável. O uso dessas redes é ilegal e não tem justificativa econômica ou cultural. “É um crime ambiental que só destrói e traz dor”, destacam os denunciantes.
Fiscalização em baixa
Anos atrás, ações da Polícia Ambiental e do Instituto do Meio Ambiente (IMA) eram mais frequentes na região, o que inibia o uso dessas redes. Neste inverno, porém, moradores afirmam que a fiscalização está quase ausente, o que estaria facilitando o aumento da pesca irregular e as mortes de animais.
Um apelo por conscientização
Casos como este devem ser denunciados à Polícia Ambiental e ao IMA. “Cada animal morto é um alerta de que precisamos agir. Se continuarmos omissos, veremos cada vez menos vida nas nossas praias”, reforçam os moradores.
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