Suspeito de ataque a igreja em comunidade negra é preso nos EUA

Dylann Roof, de 21 anos, era procurado pela morte de 9 pessoas. Ataque aconteceu em comunidade negra na Carolina do Sul.

 O suspeito de abrir fogo contra uma igreja em uma comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul (EUA), foi detido pela polícia em Shelby, informou nesta quinta-feira (18) o chefe da polícia local. O FBI, a polícia federal americana, identificou o suposto atirador como Dylann Storm Roof, de 21 anos. Ele seria o responsável por atirar e matar nove pessoas.

Foto de registro prisional feito em abril deste ano mostra o suspeito do ataque à igreja em Charleston, Dylann Roof, de 21 anos (Foto: AP/Centro de Correção do Condado de Lexington)Foto de registro prisional feito em abril deste ano
mostra o suspeito Dylann Roof, de 21 anos
(Foto: AP/Centro de Correção de Lexington)

O presidente americano, Barack Obama, expressou pesar e disse que é preciso repensar a questão da violência com armas de fogo no país.

Segundo registros de cortes locais, Dylann havia sido fichado por um crime relacionado a drogas e outro de invasão de propriedade em março e abril deste ano. Ele vivia na região de Columbia, capital da Carolina do Sul.

Um tio do suspeito disse à agência de notícias Reuters que o reconheceu após a divulgação das fotos pela polícia e afirmou que o jovem ganhou uma pistola calibre .45 de presente em abril. "Quanto mais olho, mais me convenço de que é ele", disse Carson Cowles, de 56 anos.

Segundo a polícia, o atirador se sentou com os fiéis por cerca de uma hora antes de abrir fogo. O chefe de polícia Greg Mullen disse a repórteres que seis mulheres e três homens foram mortos na igreja Emanuel African Methodist Episcopal, na noite de quarta-feira (17), e que três pessoas sobreviveram ao ataque.

Segundo a agência Reuters, o suspeito Dylann Roof tem uma foto em seu perfil do Facebook em que aparece com uma jaqueta estampando a bandeira símbolo do regime do apartheid, que segregou negros e brancos na África do Sul.

O Departamento de Justiça americano disse que investiga o caso como crime de ódio, sugerindo que há motivações racistas por trás do ocorrido.

A polícia não identificou os mortos e feridos.

Segundo a rede “NBC”, um senador democrata estaria entre as vítimas. O reverendo Al Sharpton, líder de direitos civis em Nova York, tuitou que o senador Clementa C. Pinckney morreu no ataque.

A afiliada da "CNN" na região disse que Elder James Johnson, presidente da organização de direitos civis National Action Network na região, confirmou a morte de Pinckney. O senador Kent Williams, também representante da Carolina do Sul, confirmou à "CNN" a morte de seu colega no Senado.

O jornal “The New York Times” informou que Pinckney é reverendo no templo e que sua morte foi confirmada pelo deputado J. Todd Rutherford. Segundo ele, a irmã de Pinckney também morreu. As informações ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

O tiroteio ocorreu na Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma das mais antigas da comunidade negra. Denmark Vesey, um dos fundadores do templo, liderou uma revolta de escravos fracassada em 1822. Após o ataque, uma ameaça de bomba chegou à polícia local, que isolou o quarteirão onde está localizada a igreja.

O homem abriu fogo durante uma sessão de estudos bíblicos, muito frequentes nas igrejas do sul dos EUA tanto durante a semana como aos domingos.

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