A atividade turística impulsiona uma extensa cadeia de negócios em todo o país. Conhecer as possibilidades é fundamental para decidir onde e como investir

O turismo é um dos setores mais importantes da economia. Em alguns países, como Itália, França e Espanha, o turismo responde por grande parte da geração de riqueza. Em termos globais, a cadeia do turismo responde por 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB). 

O turismo no Brasil tem um imenso potencial, associado principalmente à variedade de paisagens naturais – praias, roteiros pela Mata Atlântica e Amazônia –, e também a destinos histórico-culturais.

Ainda assim, o Brasil recebe apenas 0,5% de todos os turistas que circulam pelo mundo. Há, portanto, um espaço enorme para o crescimento do setor e uma série de oportunidades para atuar, já que envolve uma gama expressiva de produtos e serviços como transporte, hospedagem, alimentação, passeios, souvenirs, entre outros.

Com tantas possibilidades, é bom ficar atento aos tipos de turismo para encontrar a melhor maneira de atuar. Confira. 

• Turismo tradicional - aproveita os pontos turísticos mais conhecidos, que podem ser belezas naturais, como praias e reservas florestais, ou museus e monumentos. Feriados são ótimas oportunidades, muitas vezes acompanhados de eventos tradicionais que atraem turistas, como no período do Carnaval, das Festas Juninas, Natal, Réveillon etc.
• Turismo de negócios - além de passagens e hospedagem, o turismo de negócios possibilita a oferta de outros serviços, como reservas em restaurantes, ingressos para atrações artísticas e passeios.
• Turismo religioso - aqui, são comuns as excursões de fiéis, em grandes grupos, que buscam exercer sua fé e estão menos preocupados com conforto ou diversão. Em geral, são viagens curtas que exigem um bom planejamento de transporte, alimentação e hospedagem.
• Turismo de aventura - este é para pessoas que curtem uma adrenalina e se arriscam no rapel, canoagem, montanhismo e por aí vai. Em geral, são destinos com montanhas, florestas, rios e cachoeiras. Neste caso, conhecer bons instrutores e empresas certificadas que oferecem essas atividades faz toda diferença.

Outras modalidades de turismo no Brasil devem ganhar força no próximo período, como as visitas a vinícolas e fábricas de cachaça no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia, ou a degustação de queijos na Serra da Canastra, em Minas Gerais, entre muitas outras.

Muitas cidades em todo o mundo vivem (e muito bem) do turismo. Las Vegas, nos Estados Unidos, localizada em pleno deserto de Mojave, por exemplo, recebe 38,5 milhões de turistas a cada ano, oito vezes mais do que todo o Brasil. Suas grandes atrações são os cassinos e a vida noturna.

No Brasil, a economia de dezenas de cidades também gira em torno do turismo. São os casos das cidades históricas de Ouro Preto, Mariana, São João del Rei e Tiradentes, em Minas Gerais; de Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul; de Foz do Iguaçu com suas cataratas, no Paraná; do Rio de Janeiro, com o Corcovado e o Cristo Redentor, além das cidades que compõem o Circuito Religioso do Vale do Paraíba. 

Mas, como dito acima, ainda há muito a crescer. Existem centenas de outras cidades brasileiras onde uma destilaria de cachaça, inscrições pré-históricas ou um prato típico podem transformar-se no ponto de partida de uma grande cadeia de desenvolvimento, envolvendo hotéis, restaurantes, lojas de artesanato e muito mais.

A chave do sucesso é a união entre o poder público – em todos os níveis – iniciativa privada, com destaque para os pequenos negócios, e entidades de fomento em torno de projetos comuns de desenvolvimento.

As oportunidades de negócios no setor de turismo no Brasil são muitas e variadas, só é preciso tomar a iniciativa e colocar em prática o seu desejo, seja de entrar neste mercado, de crescer, de inovar ou se destacar.

Sabemos que empreender e administrar um negócio não é fácil, mas não se deixe levar por medos, dúvidas ou insegurança. O melhor remédio para estes males é estudar as possibilidades e aprender com organizações competentes e com aqueles que já têm experiência e muita bagagem, a exemplo do empresário Paulo Otávio, CEO do grupo que leva o seu nome, que compõe o maior conjunto de shoppings do Distrito Federal e representa 13% da atividade hoteleira no estado. Vale a pena acompanhar sua entrevista no Canal Empreender, do Sebrae. Assistir já é um bom negócio!

O tipo mais comum de turismo no Brasil é o interno, e o principal motivo das viagens é a visita a parentes e amigos, seguida do lazer, conforme mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos a 2019. A região Sudeste é a principal receptora e emissora de turistas, seguida do Nordeste. Os principais destinos visitados são os estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. 

São Paulo é a cidade que mais recebe turistas no Brasil. Trata-se do turismo de negócios, e um dos desafios das autoridades locais tem sido desenvolver roteiros para estimular o visitante a permanecer mais um ou dois dias na cidade. São Paulo também se destaca pelos grandes eventos, como o Natal, o Carnaval, a Fórmula 1 e a Parada do Orgulho LGBTQIAP+. 

O turismo interno deve continuar a impulsionar a atividade, por conta das dificuldades econômicas e do câmbio desfavorável ao real, que encarece as viagens internacionais. Na mão oposta, o câmbio favorável ao euro e ao dólar transforma o Brasil em um destino ainda mais atraente para o turista internacional.

A situação coloca um grande desafio diante das autoridades do setor, em todos os níveis: criar as condições para que o turismo se transforme em um dos principais fatores de recuperação econômica do país. Isso significa planejar campanhas publicitárias e roteiros e alocar recursos na recuperação da infraestrutura necessária à atividade turística – estradas, pontos de interesse etc. 

Fonte: Sebrae