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Alesc homenageia 34 anos da Cooperativa Central da Reforma Agrária de SC
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- Sebastião Vilanova recebeu do deputado Padre Pedro placa em homenagem aos 34 anos da Cooperativa Central da Reforma Agrária de SC.
A Cooperativa Central de Reforma Agrária (CCA) de Santa Catarina, que completa 34 anos em 2025, foi homenageada nesta quinta-feira (25) pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) pela excelência na produção de alimentos saudáveis e pelo leite Terra Viva, referência de qualidade para milhares de famílias. A homenagem da Alesc, a pedido do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), segundo vice-presidente da casa, foi recebida pelo presidente da Cooperativa, Sebastião Vilanova.
“O Parlamento é um espaço institucional para que a gente possa divulgar realizações como essa, fruto da Reforma Agrária, que por muitas vezes é combatida, criticada por setores da nossa sociedade. E olhando os feitos que são frutos desse trabalho, temos muito o que agradecer. Além da inclusão de milhares de famílias na produção de alimentos, a Reforma Agrária e a CCA contribuem para que o alimento chegue à mesa de todos. Então, nesse espaço legislativo é importante acolher demandas como essa, principalmente pelas grandes realizações da Reforma Agrária em Santa Catarina e em todo o Brasil”, disse Padre Pedro.
Falando da tribuna da Alesc, o presidente da CCA agradeceu à casa, a todos os parlamentares e ao deputado Padre Pedro, pela oportunidade de manifestação. Sebastião Vilanova falou sobre a Terra Viva, marca de leite produzida pela Cooperoeste, uma das filiadas da Cooperativa da Reforma Agrária. Também são filiadas da Cooperativa Central a Cooperunião, Coopercontestado, Cooptrasque, Cooperdoty, situadas em Santa Catarina, e ainda Coana e Copavi, no Paraná.
Terra Viva e Reforma Agrária
“A Marca Terra Viva nos últimos dias foi atacada por pessoas que não conhecem, ou não querem conhecer, a importância da Reforma Agrária. Muitos são desinformados, outros agem de má fé. Desconsideram os objetivos da Reforma Agrária, e o quanto ela contribui na agregação de renda e emprego no campo. Alguns desconsideram o quanto a Reforma Agrária contribui para a diminuição do adensamento urbano e o combate à favelização das nossas cidades”, disse o dirigente do cooperativismo.
Sebastião Vilanova citou números para mostrar a realidade da marca Terra Viva, que “é de suma importância para milhares de catarinenses que fazem parte da rede de produção e da rede de consumidores dos nossos produtos”. A Cooperoeste, disse, hoje industrializa diariamente 700 mil litros de leite por dia em quatro laticínios em Santa Catarina, empregando 535 trabalhadores e tem 1.565 produtores associados, de vários municípios da região do Extremo Oeste.
“Esses 1.565 produtores associados são na maioria integrantes da agricultura familiar, não pertencem a assentamentos, mas são beneficiados diretamente pela Reforma Agrária”, disse. “Com o trabalho árduo desses cooperados, nós recolhemos o leite produzido em 80 municípios. Desses 80 municípios, seis deles estão no Paraná. Diariamente fazemos a expedição de 60 caminhões com produtos lácteos para sete estados”, citou ainda Sebastião Vilanova.
Leite para o Exército, Marinha e Aeronáutica
Outro dado importante, segundo ele, é que a Cooperoeste tem 3.680 clientes positivados nos sete estados onde atua. “Para que se tenha a dimensão da qualidade do leite Terra Viva, ele é comercializado para o Exército, em São Miguel do Oeste, para a Marinha do Rio de Janeiro, para o Exército em Rio Negro, no Paraná, e para as Bases Aéreas de Lages e de Florianópolis.”
Em período de catástrofes, observou Sebastião, “o leite Terra Viva tem o sabor da solidariedade”. Somente na pandemia da covid, que deixou muita dor entre todos, revelou o cooperativista, a Terra Viva realizou doações para oito hospitais em Santa Catarina e para milhares de famílias. Também na última grande catástrofe climática ocorrida no Rio Grande do Sul milhares de litros de leite foram doados para aliviar a dor e a fome no estado vizinho.
“Poderia terminar por aqui, mas para firmar o compromisso da informação, destaco ainda que o leite Terra Viva realiza doações permanentes para dez Apaes em Santa Catarina”, disse, finalizando com uma frase do saudoso bispo de Chapecó dom José Gomes: “Ocupação significa entrar em um espaço vazio. E terra que não cumpre a sua função social do ponto de vista legal, ético e prático, é um espaço vazio.”
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