Novo terminal de grãos será construído em SFS

  • Divulgação internet -

O novo terminal poderá duplicar a exportação de grãos por Santa Catarina. Atualmente, esse escoamento depende do porto público de São Francisco do Sul, que movimentou 4,8 milhões de toneladas de soja em 2014 - 35,3% do volume total.

Depois de oito meses de espera, a LOGZ Logística Brasil, empresa de logística portuária controlada por fundos da gestora BRZ (criada pela GP Investimentos) obteve do governo federal a Declaração de Utilidade Pública para o Terminal de Grãos de Santa Catarina (TGSC). O documento era o último passo necessário para que a companhia iniciasse o empreendimento.

 
O novo terminal será construído na Baía da Babitonga, ao lado do porto público de São Francisco do Sul (SC), e representará a estreia da empresa na movimentação de soja, milho e farelo de soja em grande escala no país. A LOGZ já detém participação acionária em outros dois terminais catarinenses - o Porto Itapoá e o Terminal de Contêineres de Santa Catarina (TESC).
 
Na primeira fase, que se estenderá pelos dois primeiros anos de operação, estão previstos aportes de R$ 500 milhões para a movimentação de 4 milhões a 6 milhões de toneladas de grãos por ano, produzidos no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A capacidade estática de armazenagem será de 255 mil toneladas.
 
O novo terminal poderá duplicar a exportação de grãos por Santa Catarina. Atualmente, esse escoamento depende do porto público de São Francisco do Sul, que movimentou 4,8 milhões de toneladas de soja em 2014 - 35,3% do volume total.
 
O projeto prevê, ainda, a construção de um segundo berço, para permitir a atracação de dois navios simultaneamente. "Mas isso dependerá da demanda que tivermos", disse ao Valor o diretor de Investimentos e Operações da LOGZ, Roberto Lopes. "Se houver demanda, iniciaremos a segunda fase do projeto". O investimento, nesse caso, seria de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões.
 
Constituída em 2010 e voltada para o desenvolvimento de projetos e gestão de ativos na cadeia logística no país, a LOGZ detém 50% do TGSC, por meio de sua subsidiária Sati. Os demais 50% pertencem à Sagah - que é "dividida" pelo grupo chinês Hopefull Honoround, pela Litoral Soluções e por investidores locais.
 
A LOGZ obteve a licença prévia do projeto em 2012 e a licença de instalação em 2014, e aguardava o parecer da Presidência da República sobre a Declaração de Utilidade Pública da área desde setembro.
 
Segundo Lopes, a empresa passará agora para a fase final de equalização do projeto, que envolve a escolha das construtoras. A expectativa é que as obras comecem entre três e cinco meses, disse Lopes. "Se começarmos as obras no fim deste ano, o terminal entrará em fase operacional no fim de 2017".
 
Só em Santa Catarina, a LOGZ afirma ter investido R$ 626 milhões nos últimos anos. A empresa tem planos de construir um terminal para grãos também em Paranaguá (PR), desta vez em parceria com a Triunfo Participações e Infraestrutura. Mas a discussão sobre a poligonal do porto, que se arrasta há meses, atrasou os planos dessa e de outras empresas interessadas na região. "Seria um projeto de R$ 1,2 bilhão, para 14 milhões de toneladas de grãos por ano em grãos, fertilizantes e, possivelmente, açúcar", disse Lopes. "Estamos aguardando".
 
A LOGZ também é parceira da Odebrecht Transport (OTP), subsidiária de infraestrutura e logística da Odebrecht, no chamado Arco Norte do país. As empresas pretendem explorar a rota de escoamento de grãos pelo rio Tapajós, no Pará.
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