Dizem que o trabalhador brasileiro não tem um dia de paz. A máxima pode até ter seus contornos de verdade. Basta olhar para as dificuldades enfrentadas pelas mais diversas classes no país. A começar por nós, jornalistas e membros da imprensa, as dificuldades de realizar nossa atividade. Não a toa que a Unesco está mobilizando diversas entidades para defender a independência e a liberdade de imprensa.

Um número alarmante chama a atenção: 230 profissionais da imprensa foram vítimas de violência não letal no país em 2021- o dado inclui ofensas, agressões físicas, intimidações e atentados, e configura um aumento de 21,69% em relação a 2020, segundo relatório publicado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV.

Não bastasse para alguns viver sobre o risco de ser agredido, a classe dos trabalhadores brasileiros vive em meio às incertezas econômicas que restringem a cada dia o poder de compra e vão jogando milhares destes trabalhadores para as margens da pobreza.
Tais dúvidas sobre a economia brasileira estão claramente demonstradas na nossa matéria sobre o tema. Apesar de estarmos em um estado que cria empregos e cresce todos os anos, as angústias dos trabalhadores são compartilhadas e fazem coro com as perguntas de brasileiros de outros estados da federação e de outras áreas, diante das evidentes dificuldades enfrentadas.

Portanto, não muito o que comemorar.
Mesmo que novos postos de trabalho estejam sendo criados, isso não está sendo revertido em massa salarial. Um trabalhador, que antes da pandemia recebia R$ 3 mil, hoje está sendo contratado para exercer a mesma função por R$ 1.500. Muitas empresas têm justificado essa medida colocando a culpa na pandemia, para diminuir a média salarial dos seus funcionários. Isso tudo colabora para que a crise econômica se agrave, pois há a perda de poder de consumo. Isto precisa ser revisto com urgência.
E, talvez, as agruras da economia e das incertezas tenham deixado mais tímidas as comemorações pelo Dia do Trabalhador nas bandas de cá. No mínimo, temos que refletir sobre estes fatos.

Mudando de foco, temos uma matéria sobre a mudança no repasse dos royalties. Há uma clara tendência de que Santa Catarina saia ganhando na disputa judicial e passe a receber mais recursos. Mas ainda há um caminho longo a ser trilhado nos tribunais.
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