Na Semana Nacional do Cérebro, comemorada em março, especialista alerta para a necessidade de nutrientes essenciais para o funcionamento ideal deste órgão, esquecido pela maioria da população. Pode não parecer, mas o nosso cérebro é muito carente por nutrição. Embora ele represente apenas 2% do nosso peso corporal, é responsável por consumir mais de 20% de calorias. Assim como a massa muscular, as vitaminas também precisam estar em dia para o melhor funcionamento do cérebro.

E não é difícil descobrir como está a saúde do cérebro.

“Para saber se ele está com deficiência de vitaminas, é importante observar sinais de fadiga mental, dificuldade de concentração, problemas de memória, alterações de humor e cansaço físico”, como explica a psicanalista Karla Françoise.

A Semana Nacional do Cérebro, lembrada entre os dias 11 e 15 de março, promovida pela Sociedade Brasileira de Neurociências e comportamento (SBNeC) e com várias ações em todo o Brasil, quer chamar atenção para o problema ignorado pela maioria das pessoas.
Em Joinville (SC), o tratamento à base de ‘nutrição do cérebro’, é uma iniciativa inédita para ajudar os pacientes que se queixam de vários sintomas, sem perceber que o cérebro está carente de vitaminas.
Um cérebro ‘desnutrido’ pode incluir comprometimento cognitivo, diminuição da função cerebral, problemas de memória, fadiga mental, entre outros.
“É importante dizer que uma dieta pobre em nutrientes essenciais pode contribuir para o desenvolvimento de condições neurodegenerativas a longo prazo,” lembra Dra. Karla.

Exames
Os exames de sangue são os ideias para o paciente verificar os níveis de vitaminas no organismo, incluindo vitamina B12, vitamina D, ácido fólico e outros.

Como repor as vitaminas do cérebro?
Para repor as vitaminas do cérebro, é fundamental adotar uma dieta balanceada e rica em alimentos nutritivos, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Além disso, suplementos vitamínicos podem ser recomendados, especialmente se houver deficiências específicas identificadas por meio de exames.

Como manter o cérebro em forma e o que seria uma ‘dieta’ saudável para ele?
Para manter o cérebro em forma, é importante adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, manter um sono adequado, gerenciar o estresse, praticar atividades cognitivas desafiadoras (como quebra-cabeças, leitura e aprendizado de novas habilidades) e seguir uma dieta equilibrada rica em nutrientes essenciais.
Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos processados, açúcares refinados, gorduras trans e outros alimentos prejudiciais à saúde cerebral. O consumo moderado de álcool e a manutenção de um peso saudável também são importantes para a saúde geral do cérebro.

Vitaminas são como combustíveis

Um exemplo esclarecedor e que a profissional costumo utilizar é o da Ferrari.

“Imagine ter uma Ferrari 2024 e abastecê-la com combustível de qualidade duvidosa. Nesse caso, seu desempenho certamente não será o mesmo que se fosse abastecida com um combustível de alta qualidade. O problema é que, persistindo no uso de um combustível de baixa qualidade ao longo do tempo, ocorrerá o acúmulo de resíduos que prejudicam seu funcionamento e podem danificar o motor. Da mesma forma, nosso cérebro pode ser comparado a uma Ferrari, e as vitaminas são o combustível essencial para seu pleno funcionamento”, finaliza.

O tema ‘nutrição do cérebro’ é tão sério que várias atividades se juntam a uma iniciativa global, promovida pela Dan Alliance for Brain Iniciativas – Dana Fundation, para reforçar os cuidados essenciais a este órgão fundamental a todos os seres humanos.

Neurofeedback
A psicanalista Karla Françoise é especialista em funcionamento e agilização do cérebro para mudança de comportamento e alta performance. Ela é responsável pelo tratamento chamado neurofeedback, em que dispensa medicamentos e treina o cérebro para equilibrar e corrigir funções, melhorando assim a atividade cerebral de qualquer pessoa.