Ato em memória das vítimas de feminicídio é realizado na Alesc

No ano de 2024, em Santa Catarina, 51 mulheres foram vítimas de feminicídio. Elas foram mortas por serem mulheres. Para honrar a memória delas e denunciar o alto número de assassinatos, a Procuradora da Mulher na Alesc, deputada Luciane Carminatti (PT), realizou, nesta quarta-feira (19), uma manifestação no Hall da Assembleia Legislativa.

Durante o ato, mulheres vestidas de preto colocaram 51 sapatos femininos vermelhos em frente à galeria de presidentes da Alesc, representando as vítimas. A instalação ainda contém a data do assassinato e a cidade catarinense onde cada mulher foi vítima de feminicídio. As participantes também seguraram uma faixa que questionava: “Por que matam as mulheres?”.

Para a deputada Luciane Carminatti, não basta falar do mês de março, conhecido como “o mês da mulher”, apenas enaltecendo a importância das mulheres. “Isso nós já sabemos”, afirmou. De acordo com a parlamentar, a manifestação denuncia uma questão grave que vem sendo ignorada pelos poderes públicos.

“O que estamos dizendo e denunciando é que não dá para conviver como se nada estivesse acontecendo. Santa Catarina é um estado com receita em crescimento, um estado empreendedor, um estado de pleno emprego e que se diz referência em segurança para o país, mas onde 51 mulheres foram assassinadas e 30 mil mulheres pediram proteção para não serem assassinadas”, declarou Carminatti.

Os dados citados pela deputada e que motivaram o ato são disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina. No entanto, há falhas no registro desses dados, segundo Bia Vargas, que também participou da manifestação. A militante do movimento negro criticou a ausência do registro de raça nas informações sobre violência contra a mulher disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.

“A gente ainda tem como falha aqui em Santa Catarina a falta desse recorte racial, para que a gente possa produzir as políticas públicas com efetividade. Só neste ano de 2025, mais de 5 mil medidas protetivas foram solicitadas. Dessas 5 mil, quantas mulheres negras são? A gente não sabe”, explicou ela.


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