Economia

Novo contrato prevê controle da tarifa de gás natural em SC

Escalonamento dos reajustes de preço beneficia indústrias, empresas e motoristas

Assinado no final de março, o novo contrato de fornecimento de gás natural para Santa Catarina trouxe boas notícias para os consumidores do energético. A contratação prevê o escalonamento do reajuste das tarifas ao longo de 2020 com alterações a cada trimestre.  

A medida é importante para reduzir o impacto econômico sobre indústrias, empresas e motoristas, especialmente em meio à pandemia de Covid-19 que afetou o fluxo de caixa dos consumidores. O cronograma também dá previsibilidade ao mercado, fator que é fundamental em uma eventual retomada. 

"Usamos um fator que a cada trimestre irá aumentar um pouco o valor, desde o atual até o valor do começo do contrato. Isso foi um ganho muito importante para nós [...] e continuamos tendo o preço mais barato do Brasil", disse Juarez Lippi, assessor de segurança da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) e membro do grupo que coordenou a contratação.  

Além de negociar a diminuição do efeito da nova tarifa, a empresa também fracionou o pagamento dos clientes e criou facilidades para suavizar os impactos da crise de acordo com o porte de cada consumidor.  

"Em momento nenhum deixamos de fornecer o gás natural e nem perdemos nossa operacionalidade. Não houve falha nenhuma na distribuição e aprendemos a trabalhar dentro da crise", afirmou Lippi. 

Contudo, a SCGÁS também foi afetada. A Companhia, que é responsável pela distribuição de gás natural no Estado, contabiliza uma redução média de 40% no consumo, considerando os nichos de mercado em que atua: industrial, comercial, residencial, GNV e cogeração de energia elétrica.  

O novo contrato de fornecimento tem duração de quatro anos e foi assinado com a Petrobras. O acordo estipula que a partir de 2022 o volume de gás comercializado pela estatal será reduzido gradativamente e permitirá a entrada de novos supridores no mercado catarinense.  

A expectativa é de que a concorrência abaixe o preço do insumo. Antes da pandemia, Santa Catarina consumia mais de 2 milhões de m³ de gás natural por dia, principalmente nas indústrias, responsáveis por 85% da utilização.  

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