Banco Central prevê aumento de 9% para 22% em linhas de créditos até 2022

Desde o início do atual governo, o Banco Central vem apostando e incentivando as cooperativas de crédito como contraponto ao mercado financeiro tradicional, com o objetivo de promover a inclusão financeira das pessoas e propiciar a diminuição dos juros praticado para as empresas e os consumidores. Em recente entrevista ao UOL, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza, reforçou a meta de estimular o cooperativismo de crédito no país e disse que visa "aumentar de 9% para 20%, até 2022, a participação de mercado das cooperativas nas linhas de crédito em que são competitivas - entre elas crédito pessoal não consignado, crédito rural e capital de giro para empresas". 

Com a experiência de quem atua há 28 anos no segmento de cooperativas de crédito, Ivan Roberto de Borba, Diretor Executivo da Acredicoop, acredita que as cooperativas estão caminhando no sentido desejado pelo Banco Central e fazem isso apostando na proximidade e no relacionamento. "Em sentido oposto ao sistema financeiro tradicional as cooperativas de crédito abrem postos de atendimento e se tornam mais sólidas e competitivas em suas áreas de atuação, promovendo o crescimento econômico e social das comunidades e todo o seu quadro social onde estão inseridas", diz Ivan. 

No sistema Ailos, que reúne 13 cooperativas de crédito (entre elas a Acredicoop), no exercício de 2019 foram inaugurados 25 novos postos de atendimento e o volume de ativos cresceu 19,09%. "Ultrapassamos o volume de R$ 8,7 bilhões em ativos e a marca de mais de 800 mil cooperados ", destaca Ivan. 

Segundo dados do Banco Central, o Brasil possui 916 cooperativas de crédito e 10,1 milhões de cooperados. Se este conjunto 

Constituísse uma instituição financeira, esta já ocuparia o sexto lugar no ranking.