Meio Ambiente

Veleiro de Expedições Científicas Oceanográficas (ECO) visitará a Baía Babitonga

Embarcação destinada a pesquisas oceanográficas chega em São Francisco do Sul, na primeira quinzena de fevereiro, para conhecer as toninhas e seu ecossistema

A majestosa Baía Babitonga será, nos próximos dias, o cenário de atuação do primeiro barco a vela destinado exclusivamente à pesquisa oceanográfica no Brasil. O veleiro ECO (Expedições Científicas Oceanográficas), gerenciado pela Fundação de Ensino e Engenharia em Santa Catarina (FEESC) em cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), deve aportar nas águas de São Francisco do Sul na manhã do dia 11 de fevereiro.

Em sua primeira visita técnica à Babitonga o veleiro irá realizar pequenas incursões para reconhecer o território, testar equipamentos e definir linhas de pesquisa futuras. Na programação, também, está prevista a captação de imagens e entrevistas com pesquisadores e associações locais para a produção de um documentário sobre a biodiversidade da costa catarinense, a cargo da Arrebol Produções. Planeja-se ainda ações de educação ambiental em parceria com o Projeto Toninhas/Univille.

O veleiro ECO é uma iniciativa inédita no Brasil, permitindo expedições científicas de grande porte, inclusive à região antártica. Águas costeiras e continentais também podem ser acessadas pelo projeto: "a navegação a vela sem ruído e quilha retrátil permitirão deslocamento em águas rasas de manguezal e estuários de rios; áreas muito sensíveis ao adensamento urbano, às obras hidroviárias e às mudanças no clima", explica o idealizador e coordenador do Projeto Veleiro ECO, Professor Orestes Alarcon. Ele ainda completa, "o ECO será um agente integrador da ciência e tecnologia para o Brasil, tão carente em embarcações para pesquisas. É um laboratório de pesquisa embarcado e o objetivo central é o desenvolvimento de projetos focados em iniciativas vinculadas à sustentabilidade dos oceanos".

Em alumínio naval e com um comprimento de 60 pés (aprox. 20m), o veleiro pode hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. A utilização das velas e um sistema de geração de energia solar auxiliar tornam a embarcação ecológica e de custo operacional reduzido. Ideal visto com otimismo pelo Projeto Toninhas, parceiro da ação na Baía Babitonga. "É muito importante ver iniciativas como essa ganhando espaço. A pesquisa marinha no Brasil é um constante desafio e contar com parceiros a favor da conservação é fundamental", defende Marta Cremer, coordenadora geral do Projeto Toninhas/Univille, que conta com patrocínio Petrobras, pelo programa Petrobras Socioambiental. Marta complementa: "no que se refere à pesquisa com toninhas, a espécie de golfinho mais ameaçado do Brasil, a parceria com o ECO permitirá a coleta de dados ao longo da costa utilizando uma plataforma que produz baixo nível de ruído e com reduzido custo operacional".

O veleiro ECO permanecerá na Babitonga de quatro a cinco dias, e entre as atividades estão previstas reuniões entre pesquisadores que idealizaram o projeto e de instituições locais para discutir possíveis parcerias e estratégias para o desenvolvimento de projetos conjuntos. O veleiro ECO estará ancorado em frente ao Museu do Mar, um cenário de especial importância e beleza histórica, onde será programado visitas à embarcação para os amantes das ciências do mar e da navegação.

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