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Menos barulho, mais empatia: a defesa dos animais nas celebrações
Durante as celebrações de fim de ano e festas populares, muitas pessoas associam fogos de artifício a momentos de alegria. No entanto, o forte estampido desses artefatos pode causar sofrimento intenso em animais domésticos e silvestres, que têm audição muito mais sensível do que a humana. O barulho pode provocar estresse, pânico, desorientação, taquicardia, fugas e até óbitos, especialmente entre cães, gatos e espécies que habitam áreas urbanas ou naturais próximos.
Por isso, especialistas e protetores dos direitos dos animais defendem o uso responsável de fogos, preferindo sempre fogos de artifício com efeitos visuais, sem ruídos altos, conhecidos como fogos de “vista”, que reduzem significativamente o impacto sonoro sem deixar de colorir o céu. Estes fogos silenciosos ou de baixo ruído são uma alternativa que preserva o bem-estar animal e o conforto das pessoas sensíveis ao som.
Em Santa Catarina, a discussão legislativa sobre esse tema vem avançando. Um projeto de lei (PL 11/2023) aprovado na Comissão de Proteção, Defesa e Bem-Estar Animal da Assembleia Legislativa (Alesc) propõe a proibição da venda, da queima e da soltura de fogos de artifício que produzam estampidos e ruídos em todo o estado, permitindo apenas fogos com efeitos visuais sem barulho. A medida foi aprovada por unanimidade na comissão e segue para apreciação no plenário.
Várias cidades catarinenses já adotaram ou discutem normas semelhantes em âmbito local, proibindo o uso de fogos ruidosos e incentivando alternativas silenciosas, com o objetivo de proteger os animais, pessoas com hipersensibilidade auditiva e o meio ambiente.
No município de São Francisco do Sul e em outros municípios da região, as discussões e iniciativas voltadas à conscientização e à regulamentação seguem em diálogo entre vereadores, órgãos públicos e organizações de proteção animal, refletindo uma tendência de respeito ao bem-estar de toda a comunidade — humana e não humana.
Ao celebrar, que possamos também pensar no impacto de nossas tradições e adotar práticas que preservem a harmonia entre todos os seres que compartilham nossa cidade.



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