Meio Ambiente

Canudos biodegradáveis serão obrigatórios nos comércios francisquenses

Comerciantes deverão fornecer canudos de papel biodegradáveis a partir de janeiro 2019

Na pastelaria do Betinho, localizada na rua Barão do Rio Branco, já é realidade os canudos biodegradáveis. Isso, antes da lei nº 2077/18, sancionada pelo prefeito Renato Gama Lobo, em outubro, entrar em vigor. A partir do dia 1º de janeiro, restaurantes, bares, lanchonetes, barracas de praia, ambulantes e similares autorizados pela Prefeitura deverão obrigatoriamente usar e fornecer canudos de papel biodegradável e/ou reciclável individual e hermeticamente embalados com material semelhante.

Kathe Vailatti, proprietária da pastelaria, diz que foi orientada pelos netos que são ligados nas questões de meio ambiente a utilizar os canudos de papel e que não adota a mesma política para outros materiais de plástico, porque as pessoas ainda são reticentes as mudanças. "Nós vimos uma filmagem, que a gente acompanhou de tartarugas, a gente viu eles abrindo a boca, ela tentando respirar, comendo aquela baita plástico, eles tirando da boca assim sabe? Aquilo e horrível, se a gente olhar aquilo entra em desespero. Pelo que vi lá em 2050 vai ter mais lixo do que peixe, então é melhor começar desde já né?", relata.

O neto de Kathe, Mateus Vailatti, diz que não tem diferença no preço entre os canudos de plásticos e os canudos de papel e que essa medida da Prefeitura é boa para meio ambiente e para a vida marinha.

Já a comerciante do estabelecimento ao lado da pastelaria, da Sorveteria São Chico, Gabriela Kormann, não sabia da lei e ainda não foi instruída pela Secretaria do Meio Ambiente sobre a obrigatoriedade dos canudos. Para ela a medida ser boa ou não, vai depender do custo, mas ela entende a ação da Prefeitura. Na mesma hora pediu para funcionária lembrá-la de procurar os novos canudos na hora de repor o material.

A lei, mesmo coincidentemente entrando em vigor após adesão do município a Campanha Mares Limpos da ONU, tramitava na Câmara de Vereadores antes dessa ação da Prefeitura. "Coincidiu, na realidade, com a campanha Mares Limpos, ter já esse projeto de lei encaminhado pelos vereadores na Câmara. Então isso vem a somar claro, já com o que nós precisamos de políticas para ter os mares mais limpos, principalmente a nossa ilha de São Francisco", explica o secretário de Meio Ambiente, Gabriel Conorath.

Ele também relata que não há um número preciso de quanto desse material, em específico, é encontrado descartado de forma irregular na orla francisquense, mas que são recolhidos nas ações de limpeza muitos canudos de pirulito, canudinhos plásticos, principalmente na região da Praia Grande. "É uma questão que é necessária se colocar em prática pra reduzir esse volume de lixo que é gerado ao longo da orla, principalmente agora na alta temporada", diz.

Alguns comerciantes vêm confundindo o que a Lei pede e oferecendo, equivocadamente, canudos de plástico oxibiodegradáveis. Gabriel deixa claro que serão aceitos pela Prefeitura apenas os canudos de papel biodegradáveis. "Nós estamos tomando uma ação de orientação, que até no dia da conferência da ONU, inclusive teve alguns palestrantes que colocaram em pauta a questão de que o oxibiodegradável gera aglutinações na decomposição e vira um resíduo também. Então não é 100% eficiente", relata o secretário.

A fiscalização do cumprimento da nova lei será feita pela Secretaria do Meio Ambiente, Obras e Posturas e pela Vigilância Sanitária. A multa para o estabelecimento que não cumprir com a lei será de R$ 3 mil. Em caso de reincidência, as multas serão de R$ 6 mil.


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