Dia do Trabalhador

Uma corrida de aprendizados

  • Júlia Vieira/Jornal Correio Francisquense -

Taxista Boy trabalha há 30 anos e conta as alegrias e dificuldades da profissão

O taxista Gerson, mais conhecido como Boy, de 57 anos, trabalha há 30 na profissão. Além de taxista, é estivador, mas não abandona o trabalho que lhe permite compartilhar vivências e aprender com novas pessoas. Sem carro, começou aos 22 anos como motorista de pessoas que tinham o ponto, e depois de 14 anos é que conseguiu um espaço.

Para ele, a profissão mudou bastante. Mesmo existindo há tanto tempo, o transporte ilegal desvaloriza os taxistas, que ao contrário desses transportes, tem que cumprir uma série de obrigações com os órgãos públicos para trabalhar. "Uma decaída a respeito de valores de trabalho, caiu assim, porque eles desenvolvem uma atividade na qual eles não têm nenhum custo, não pagam alvará", afirma.

Na incerteza do que virá no fim do mês, devido às variações em quantidade de corridas, Gerson já aprendeu bastante o que lhe traz retorno e o que não. O Boy conta que faz uma média de 10 a 12 corridas diárias internamente na cidade, mas tem dias que é possível conseguir uma viagem mais longa. O perfil do cliente que prevalece são turistas e também empresas. Até os dias que lhe dão mais retorno estão marcados na mente: devido ao pagamento de aposentados e pensionistas, do dia 28 até o 8º dia útil do mês há uma demanda boa de trabalho.

Sobre os perigos da profissão, admite que existam, principalmente assaltos. "Lógico que existe perigo, aqui já morreu algumas pessoas que foram assaltadas, volte e meia tem um que é assaltado. Eu nunca fui. Esses anos todos, nunca fui, graças a Deus", conta.

Para quem acredita que a profissão é fácil, Gerson dá um banho de realidade. Mesmo admirando paisagens e conhecendo pessoas, sem salário fixo, o taxista tem que fazer um trabalho que garanta a fidelidade do cliente, para que deem preferência ao trabalho dele. "Você fica ansioso também, porque às vezes você imagina que vai trabalhar bem aquele dia e acaba não trabalhando", relata.

Novos pontos de táxi

Gerson olha com bons olhos a iniciativa da Prefeitura de abrir novos pontos de táxi e aponta os locais como o Hospital, UPA 24h do Sandra Regina, Ervino e Vila da Glória como pontos que necessitam desse serviço. Além disso, reforça que todo o processo deve ser feito com muita transparência.


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