Economia

Transformação digital é a mudança da mudança

A maioria das empresas hoje vem adotando uma estratégia digital ou planeja fazê-lo. A Expogestão Digital 2020 terá mais de 50 palestras e prossegue até quinta-feira, dia 29 de outubro. Para conhecer a grade completa de palestrantes acesse

Empresas não sobrevivem se não estiverem constantemente mudando, se adaptando. "Com a transformação digital, porém, a própria mudança mudou, alterando a dinâmica das propostas de valor. Afinal, embora a revolução digital seja causada por tecnologia, seus resultados dependem de pessoas e novos modelos mentais". A afirmação é da especialista Thammy Marcato, líder de projetos focados em resolução de problemas e transformação de empresas da KPMG & Distrito Leap. Graduada em Relações Internacionais e em Gestão de Políticas Públicas, Thammy foi uma das palestrantes no primeiro dia da Expogestão 2020. Acesse aqui: www.expogestao.com.br.

A maioria das empresas hoje, diz a palestrante, vem adotando uma estratégia digital ou planeja fazê-lo. "Porém, somente 44 por cento delas estão preparadas para a mudança, e só 7 por cento conseguem implementar totalmente essas estratégias." E mais: 70 por cento das iniciativas de inovação digital falham. "Geralmente - esclarece Thammy - devido à resistência por parte dos funcionários das empresas." Externamente também há rejeição, quando as inovações mais atrapalham do que ajudam o consumidor dos produtos ou serviços oferecidos - como é o caso dos chatbots, em que o atendimento automatizado esbarra na incapacidade de os robôs entenderem os mínimos sentimentos humanos.

Nova visão de mundo

A alfabetização digital, acrescenta a palestrante, exige aprendizado contínuo, para acompanhar as mudanças constantes. "Para saber operar o mindset digital, é necessário mudar a forma de: executar, gerenciar e ver o mundo."

Na execução é importante distinguir as várias nuances entre projeto e produto, pois em cada uma dessas etapas há visões diferentes de equipe, de metas e de execução.

O gerenciamento baseia-se em cinco pilares: segurança psicológica (liberdade para assumir riscos), confiança (cumprir metas com excelência), visão clara (cada um entender o seu papel no processo), propósito (o trabalho tem uma importância pessoal para cada membro do time) e impacto (os membros da equipe entendem que seu trabalho importa e gera mudanças significativas).

Para mudar a forma de ver o mundo, Thammy Marcato cita os "vieses cognitivos", destacando cinco que provocam mais impacto no mundo corporativo: viés do otimismo, viés da retrospectiva, a heurística de disponibilidade (tendência a estimar a probabilidade de um evento ocorrer, com base em exemplos de eventos já ocorridos), viés de confirmação e a ancoragem (tendência a tomar decisões levando em conta somente a primeira informação que se obteve sobre o assunto).

"A inovação digital - conclui a palestrante - exige execução e aprendizado". Ela cita George Westerman, pesquisador do MIT - Instituto de Tecnologia de Massassuchets, que define uma boa analogia para se entender o tema: "Quando a transformação digital é bem sucedida, a organização passa de uma lagarta a uma borboleta. Quando ela é mal sucedida, conseguimos apenas uma lagarta rápida". 


 

Estudos apontam inviabilidade de concessão de diversas rodovias federais em SC Anterior

Estudos apontam inviabilidade de concessão de diversas rodovias federais em SC

Sicredi doa mais de1.400 kg de alimentos para Instituto Ajorpeme Próximo

Sicredi doa mais de1.400 kg de alimentos para Instituto Ajorpeme

Deixe seu comentário