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A ENERCONS consultoria em energia completa, em outubro, 20 anos de pioneirismo e eficiência em estudos e projetos de geração renovável elaborados para mais de 110 clientes em todo o Brasil.
A conquista vem justamente em um momento de ascensão do mercado de energia renovável. "No próximo ano, pela primeira vez, segundo o Banco Goldmann Sachs, o investimento total em fontes sustentáveis e limpas em todo o mundo irá superar o montante que vai ser investido em petróleo e gás natural e óleo diesel", disse Ivo Pugnaloni, presidente da Enercons e um dos fundadores da Associação Brasileira de Pequenas Hidrelétricas e CGHs (Abrapch), em 2013.
Para os analistas do banco, a mudança de rumo se deve, em parte, pela diferença entre os custos de capital, já que os juros subiram até 20% para projetos de hidrocarbonetos em comparação com as taxas entre 3% e 5% dos projetos de energia limpa. Isso reduz a atratividade para investimentos nesse setor, o que pode elevar os preços do petróleo e do gás e, por sua vez, estimular uma transição energética mais rápida.
Pelas contas da Goldman Sachs, o setor de energias renováveis tem potencial de atrair investimentos de US$ 16 trilhões até 2030 e impulsionar investimentos em infraestrutura de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões por ano.
"Foi um longo caminho, no qual o tempo passou muito rápido e os números já mostraram que não vivemos apenas um sonho quando criamos a ENERCONS, mas a realidade: o mundo caminha mais e mais para não depender tanto de combustíveis fósseis", disse Pugnaloni, que já atuou como dirigente na Copel.
Potencial hidrelétrico
O Brasil tem hoje o potencial de gerar cerca de 140 gigawatts além do que é produzido pelas hidrelétricas já instaladas. Isso corresponde a 150% da estrutura montada atualmente. Os dados são da Eletrobrás e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Sem falar em milhares de pequenos potenciais, de menos de 5 MW, que podem ser encontrados em quase todos os rincões do nosso imenso país, dispensando autorização e burocracia na Aneel, em milhares de propriedades rurais, áreas de reflorestamento, geralmente em locais que precisam da proteção de áreas de preservação permanente", afirmou Pugnaloni.
Pugnaloni cita o Canadá como exemplo de uso compartilhado por agricultores e até por populações indígenas que usam obras de armazenamento de água para abastecer desde pequenas aldeias a grandes cidades.
"Eles produzem alimentos em completa harmonia com a natureza, através do uso múltiplo dos recursos hídricos, tanto para a geração de energia, como para irrigação. Nossos agricultores, pecuaristas, madeireiros e reflorestadores têm ao seu alcance milhares de oportunidades de gerar energia a baixo custo", complementou.
Um exemplo é o Vale do Rio dos Patos, onde a Enercons está implementando três projetos de pequenas hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), com estudos ambientais concluídos e previsão de piscicultura e fruticultura irrigada em parceria com os moradores. A estrutura foi construída sem barramentos e sem reservatórios.
Economia
Pugnaloni lembra ainda que o ambiente de livre contratação de energia, que pode gerar economia de mais de 30%, seria o grande financiador do setor renovável, pois permite reduzir já a despesa, sem nenhum investimento, apenas com a troca de fornecedor.
Isso porque o mercado livre dispensa o investimento imobilizado em cima de telhados e funciona tanto nas oito horas do dia em que existe luz do sol, como nas outras 16.
"O caminho correto devia ser primeiro economizar 30%, sem investir nada, apenas migrando para o mercado livre ou, para aqueles que já estão no mercado livre, comprando a energia com mais concorrentes e usando tecnologia. E daí sim com esse dinheiro economizado o empresário poderia decidir como investir na forma de gerar energia", acrescenta o presidente da ENERCONS.
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