Política

Entrevista: Vamos isolar os doentes, não os saudáveis, diz Daniela Reinehr

  • Foto: Murici Balbinot -

Nesta terça-feira (27), Daniela Reinehr ascendeu ao cargo de governadora interina de Santa Catarina. O primeiro ato na nova gestão foi reunir o secretariado no Centro Administrativo, em Florianópolis, para dar as diretrizes daqui para frente. Entre elas, busca de auxílio junto ao governo federal, liberações de atividades para estimular a retomada econômica, e conversar mais com o Parlamento.

Não houve ato de posse, nem posse em si. Daniela apenas ascende ao cargo, após o afastamento oficial de Carlos Moisés da Silva. Em entrevista coletiva logo após a reunião, Daniela falou sobre a pandemia, a relação com a Assembleia e com o presidente Jair Bolsonaro. 

Mas antes de responder às perguntas dos jornalistas, mandou um recado à população: 

"Hoje a gente dá um novo capítulo a uma história que começou a ser escrita há dois anos neste governo. Daqui para frente, com certeza vamos conversar muito porque umas das minhas diretrizes é estabelecer uma comunicação eficiente com órgãos internos e órgãos externos. Austeridade. Simplicidade. Integração. Diálogo. Eficiência. Desenvolvimento e legalidade são mais do que palavras, são compromissos. 

Eventuais mudanças acontecerão de acordo com a necessidade. Isso porque não quero causar nenhum trauma, nenhuma instabilidade. Pelo contrário. Temos que ser resilientes, maduros, serenos. Santa Catarina não pode parar. 

O foco desse governo é a retomada da economia de forma responsável, preservando a economia dos catarinenses e colocando Santa Catarina no caminho do pleno desenvolvimento e trazendo credibilidade junto a investidores." 

Como será o governo daqui para frente, principalmente com a pandemia? 

Daniela Reinehr - Nós seremos muito cobrados. Não só a pandemia, mas essa crise política e institucional com a Assembleia Legislativa. Os ressentimentos abalam o estado e eu não vejo outro meio que não seja o diálogo. Os decretos [da pandemia] vão ser analisados. As prefeituras têm o poder de regular, e o que vale é a regra mais restritiva. O meu compromisso é não ser a regra mais restritiva. As prefeituras têm autonomia. Hoje, a gente tem mais resultados, mais diretrizes, do que no início da pandemia. Vamos avaliar e ver se vamos avançar ou recuar. Minha fala sempre foi de prevenção, cuidados com a saúde, sem prejudicar o setor econômico. 

E o avanço da doença na Grande Florianópolis? 

Reinehr - Temos que avaliar caso a caso. Florianópolis está tendo novamente um avançar da doença, mas acima de tudo, a gente precisa cuidar dos doentes. Isolar os doentes e não os saudáveis. E eu defendo que o médico deve cuidar do paciente. Uma coisa extremamente importante é que as pessoas procurem um médico assim que tiverem sintoma, e cabe ao médico o tratamento. 

Por que a escolha do general Ricardo Miranda para a Casa Civil? 

Reinehr - Eu o agradeço muito por ter aceito o meu convite. Uma pessoa que foi escolhida pela sua formação, pela sua carreira, pela habilidade de circular em todos os setores da sociedade. É uma pessoa que eu confio muito e segue os mesmos princípios que eu defendo. 


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