O presidente do Colegiado de Segurança, coronel Charles Alexandre Vieira, foi convocado pela Assembleia Legislativa para explicar a distribuição dos 500 novos policiais militares pelas cidades de Santa Catarina e responder se houve interferência política no processo. A convocação ocorreu a partir de uma proposta do deputado Sargento Lima, que não se satisfez com as respostas. Outros deputados que se manifestaram também se disseram frustrados com o que ouviram.

O secretário da Segurança leu um documento escrito pelo Comando Geral da PM apontando os critérios de distribuição e as regiões de destino. Citou que são levados em conta fatores como o número de ocorrências no município e a proporção PM/habitantes. Porém, como é oriundo do Corpo de Bombeiros, Vieira disse que não teria como responder questões pontuais da PM.

O deputado Sargento Lima, autor da proposta de convocação, avaliou a sessão especial e disse que os parlamentares terão que buscar mais informações para saber se houve interferência política na distribuição. Ele ressaltou que cidades como Itajaí, Blumenau e Balneário Camboriú receberam bem mais policiais do que Joinville e outras cidades da região.

Esse tema terá continuidade na Alesc, pois os parlamentares decidiram que irão convidar o comandante-geral da PM, Dionei Tonet, para participar de reunião na Comissão de Segurança Pública, onde ele explicará se houve interferência. A data ainda será marcada.

O depoimento do secretário, nesta quarta-feira, ocorreu porque o Regimento Interno da Assembleia não permite a convocação do comandante, mas somente do secretário. O deputado Kennedy Nunes, que assinou o requerimento de convocação junto com Sargento Lima, lamentou que o questionamento não tenha sido ao comandante.

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